Irmão Joaquim, Herói da Pátria
Estátua na Santa Casa de Porto Alegre
Florianopolitano foi o primeiro catarinense a receber a honraria
Resumo
Joaquim Francisco da Costa, depois Joaquim Francisco do Livramento, e mais conhecido como Irmão Joaquim, nasceu em Florianópolis, há época Nossa Senhora do Desterro, em 20 de março de 1761, filho de um casal de açorianos, o sexto de nove filhos, foi um religioso franciscano brasileiro. Dedicou sua vida aos necessitados e fundou instituições assistencialistas e educativas em várias cidades brasileiras. Morreu com fama de santidade, recebeu diversas homenagens póstumas e foi incluído no rol dos heróis nacionais do Panteão da Pátria.
Biografia
Desde cedo mostrou sua vocação monástica, inspirado pelo irmão caçula que estava no seminário preparando-se para o sacerdócio. Porém, atendeu ao pedido do seu pai para tocar e administrar o negócio da família.
Relata professor Nereu do Vale Pereira (p. 21) no livro que marca os 100 anos da Associação Irmão Joaquim:
Foi uma opção dolorosa, mas submissa ao pai. Contudo, não abandonou o chamamento à missão religiosa e passou a dividir as tarefas junto à empresa do pai com uma vida de monge voluntário e passando a denominar-se Irmão Joaquim do Livramento.
Com o falecimento dos pais, passou a dedicar-se exclusivamente a caridade.
Irmão Joaquim do Livramento foi responsável pela arrecadação de esmolas para construção do primeiro hospital de Santa Catarina, inaugurado em 1789, hoje denominado “Imperial Hospital de Caridade”. Também foi o responsável pela construção da Casa dos Órfãos São Joaquim da Bahia (1798), Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre no Rio Grande do Sul (1803), Casa Pia da Santíssima Trindade de Jacuecanga no Rio de Janeiro (1809), Seminário de Nossa Senhora do Bom Conselho de Itu em São Paulo (1821), Seminário de Sant’Ana da Cidade de São Paulo (1824). Trabalhou também com a catequese dos indígenas na Bahia, Paraná e São Paulo (1819).
Faleceu em 1829, em Marselha na França, enquanto tentava retornar ao Brasil.
Já reconhecendo os feitos de Irmão Joaquim, foi que o grupo de cidadãos católicos de Florianópolis se organizou e fundou a Associação Irmão Joaquim, batizada em sua homenagem, em 1902. Inspirados pelos atos de caridade de Irmão Joaquim, a Associação Irmão Joaquim atua initerruptamente há mais de 120 anos em prol do próximo
Em julho de 2015 o então Deputado Federal Espiridião Amin apresentou o projeto de Lei 2.255, transformado em Lei 13.623 de 2018 assinado pelo presidente Michel Temer que inscreve o nome de Joaquim Francisco da Costa – Irmão Joaquim no livro Heróis da Pátria.
O livro Heróis da Pátria é uma honraria, inscrita num livro de aço, localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. É um memorial cívico destinado a homenagear heróis e heroínas nacionais que, de algum modo, serviram para o engrandecimento da nação brasileira. Hoje, apenas 59 brasileiros possuem esta horaria.
Irmão Joaquim, é o 45º Herói da Pátria.
A importância histórica do prédio
Com o nome de Asilo de Mendicidade Irmão Joaquim, o prédio foi tombado por sua importância histórica e cultural pelo Sephan – Serviço do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Município.
A arquitetura é descrita como eclética, com data de 1909 e foi construída com doações para acolher os pedintes que circulavam em Florianópolis e moravam sob pontes ou no interior de casas em ruínas.
O Asilo permanece administrado pela Associação Irmão Joaquim desde a sua fundação em 1902.
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